sábado, 22 de novembro de 2008

DESTRUIÇÃO DA AMAZÔNIA NA PRATELEIRA DO SUPERMERCADO

12/11/2008

Andrea Vialli

Há um pouco de destruição da floresta amazônica em cada prateleira do supermercado. E nós, consumidores, ainda dispomos de poucos meios para saber o quanto estamos contribuindo para a devastação do nosso bioma mais importante.

A carne, soja e madeira que consumimos por aqui estão na raiz do desmatamento da Amazônia. O que já era dito por ambientalistas que há tempos atuam na região foi comprovado com um estudo divulgado esta semana, durante o seminário "Conexões Sustentáveis: São Paulo - Amazônia". O levantamento é fruto de um extenso trabalho de reportagem das ONGs Repórter Brasil e Papel Social Comunicação.

A equipe acompanhou essas cadeias produtivas, para mostrar que a destruição da floresta favorece empresas intermediárias, que compram de produtores em situação irregular, e depois fabricam ou processam mercadorias consumidas pelos moradores de São Paulo e de outros grandes centros consumidores do País.

"Na ponta da cadeia produtiva, diversos atores se beneficiam. Madeireiras, frigoríficos e agroindústrias estão diretamente ligadas ao problema, pois compram de fornecedores que estão na linha de frente do desmatamento. Posteriormente, distribuem produtos industrializados para uma ampla rede de compradores", diz um trecho do documento, disponível para download no site do Movimento Nossa São Paulo.

Pecados da carne

O caso da carne é emblemático. O Brasil hoje tem o maior rebanho bovino do mundo - o número de cabeças, estimado em 250 milhões, supera até a população brasileira. Sim, tem mais boi que gente.

Entre 2003 e 2006 o rebanho bovino cresceu 10 milhões, sendo que 96% desse crescimento ocorreu na Amazônia Legal. Nesta região, os abatedouros que portavam o Serviço de Inspeção Federal (SIF) no ano de 2004 eram 27. Já em 2007 o número saltou para 87 . O grande incentivo é o preço da terra: cada hectare custa R$ 250, segundo informações do Greenpeace.

Uma pechicha: é só botar a mata abaixo e colocar gado lá. Tem quem compre. Nós.

Nunca é demais lembrar que a ocupação da área amazônica foi fartamente estimulada pelo governo na década de 1970, com subsídios para a pecuária e derrubada da floresta para fins agrícolas. Levas de migrantes do sul e sudeste do País foram incentivados a ir para o norte para "desbravar" a região. Mesmo hoje o governo dá pistas de que ainda não assimilou bem o conceito do desenvolvimento sustentável para a Amazônia.

Ainda sobre a carne, não é de hoje que vem sendo dados alertas de que o aumento no seu consumo é um forte ingrediente para o aquecimento global. O próprio Rajendra Pachauri, Nobel da Paz e presidente do Painel da ONU para as Mudanças Climáticas (IPCC) recomendou que, para o bem do planeta, as pessoas comam menos carne. Isso porque, para se produzir um quilo de proteína animal, são necessários vários outros de proteína vegetal - soja, milho. E haja terra para plantar grãos para alimentar gado para alimentar humanos... Nessa toada, não há floresta que resista. E vale lembrar que a Amazônia regula o clima e o regime de chuvas de todo o País...

Fonte: http://www.portaldomeioambiente.org.br/noticias/2008/novembro/12/3.asp

terça-feira, 18 de novembro de 2008

Cães e catadores de papel mostram companheirismo nas ruas de SP

THAÍS FONSECA
Da Redação

Foto: Fernando Cavalcanti/UOL


Rodeada de papéis velhos e tábuas, Bolinha dorme tranquilamente sob o Viaduto do Glicério, reduto de trabalho de catadores de papel no centro de São Paulo. A filhote, uma vira-lata de poucos meses de vida, é um dos cães que circulam no local, em meio aos sacos de lixo que chegam e que são separados manualmente para reciclagem.

À vontade no cenário, o cães são mais que observadores do trabalho já que costumam, em muitos casos, acompanhar os catadores de lixo nas "andanças" pela cidade. Além de guardar a carroça, acabam desenvolvendo uma relação profunda de amizade com o catador e, não raro, são mencionados como membros da família, como no caso de Bolinha. "Minha vida sou eu e meus cãezinhos", diz José Antônio Horácio, o dono, que cria mais cinco."Comigo, somos em sete cães", brinca.

Leia a matéria na íntegra e veja mais fotos aqui.


Fonte: UOL Bichos

terça-feira, 11 de novembro de 2008

FEIRA EXTRA DE CAES E GATOS SP 15/11

repassando...


FEIRA DE CÃES E GATOS MESTIÇOS

FILHOTES E ADULTOS

VENHA ADOTAR O SEU!

DIA 15/11/08, das 11h00 às 17h00

No Pet Shop TANCREDOS DOG'S
Av. Pres. Tancredo Neves nº 580 / Ipiranga -SP

Realizada neste mesmo endereço desde maio/2004.

Só adotará mediante CIC, RG e comprovante de residência. Levar xerox da documentação exigida.

Deve ser maior de 21 anos e assinar termo de responsabilidade.

O adotante deverá doar 2kg de ração para alimentação de animais de rua.

Todos os animais adotados na feira sairão com uma consulta gratuita.

NÃO COBRAMOS TAXA DE ADOÇÃO.

NOS ADOTE CONSCIENTE, SOMOS ANIMAIS CARENTES!

Contatos: sava@sava.org.br

SAVA SOLIDARIEDADE A VIDA ANIMAL
http://www.sava.org.br

segunda-feira, 10 de novembro de 2008

No casamento...

No final de semana fui no casamento de uma amiga da faculdade. Ela tinha me dito que seriam dois vegetarianos na festa e que encomendou uns quitutes especialmente para nós.

No casamento...

  • Primeira leva de salgados: bolinho de carne seca e bolinho de bacalhau.

Namorado da colega da faculdade: Nossa, mas você não come nada, nem peixe? [Essa é clássica!!!!!]
Eu: Não.
Namorado da colega da faculdade: Ah, nada que seja vivo!
Eu: IIIIIsso.

  • Segunda leva de salgados...
Eu: Moça, o que é isso?
Moça: casquinha de siri.
Eu: Ah...

A colega: Nossa você vai passar fome!!!!

[Meus "balões" de pensamentos impronunciáveis começam a subir, entrelaçando-se uns nos outros.]

  • Terceira leva de salgados: coxinha, BOLINHAS DE QUEIJO e um BOLINHO DE AZEITONA [esse só consegui pegar um, infelizmente, tava uma delícia].

Namorado da colega da faculdade: Mas porque você parou?
Eu: Resumindo a história, eu vi como as coisas são feitas e não achei certo.
Namorado da colega da faculdade: Ah, mas eu também vi quando era pequeno, via minha avó matar, ajudava a depenar e tudo mais.
Eu: Ok. [Eu realmente não sei o que as pessoas esperam que você responda nessas horas. "Eu não sou igual a você" acho que seria uma boa, né?]

  • Entrada: salpicão. De frango.

A colega: Nossa, mas você sofre né.

[Mais "balões" de pensamentos impronunciáveis fizeram um congestionamento sobre nossas cabeças.]


Não adianta responder. Tentar argumentar. Falar sobre os benefícios. Em algumas pssoas você percebe uma brecha para poder falar algo. Pra outras é simplesmente inútil.

No final, acabei não comendo a massa, que não tinha carne, porque o garçom me boicotou e eu devia estar dançando. Mas a sobremesa... bolo de maracujá com sorvete de creme, essa foi demais! ;)

Namorado da colega da faculdade: Uma vez num churrasco tinha um cara vegetariano, aí a gente ficou lá enchendo ele, fazendo umas brincadeiras, mas depois paramos.
Eu: Pois é, as pessoas gostam muito de encher o saco, fazer brincadeiras chatas e tal.

Que coisa, não?

A gente sempre passa por essas, né? Mas acontece, mais uma pro meu caderninho de histórias. O importante foi que minha amiga casou, linda e feliz da vida! E a festa foi ótima! :)

quinta-feira, 6 de novembro de 2008

A história do Dudu

Já tentei começar esse post de inúmeras formas. Mas não vou falar nada. Só vou postar UMA das fotos que recebi no dia 20 de setembro deste ano.


Esse é o Dudu.
E veja bem, eu nem peguei a foto mais chocante. Nessa daí ele já havia sido resgatado, deram alimento e água para ele. Mas é visível a magreza, a sarna e a tristeza desse cãozinho.

Segue um pedaço do e-mail: "As pessoas incluindo crianças passavam longe dele enojadas".

Por incrível que pareça, tem gente que sente nojo. Como foi mencionado num e-mail, só um pãozinho já ajudava. Como alguém pode ver uma situação de desnutrição dessas, esse absurdo, e não conseguir estender a mão? É uma situação extrema! Acho que extrema é a palavra que melhor define esse caso.

Mas graças a Deus, uma pessoa de bom coração, a Denise, passou por lá e resgatou o querido Dudu. Foram muitos e-mails, acredito que diversas pessoas foram tocadas por essa história.

Melhor do que qualquer explicação sobre o que aconteceu depois disso, são essas fotos:



Meus olhos se encheram de lágrimas quando eu vi essa foto. Eu achei impressionante a vontade dessas pessoas que se prontificaram a fazer algo pelo Dudu e a vontade que esse cachorrinho teve de continuar vivendo.

E o Dudu vai ficar ainda mais bonito, mais saudável e mais feliz. Tudo porque uma pessoa não quis passar batido.

quarta-feira, 5 de novembro de 2008

Seminário Direito dos Animais em debate: as faces da intolerância

06 e 07 de novembro de 2008
Auditório da Faculdade de História - FFLCH/USP
Cidade Universitária – São Paulo

Entrada franca, sem necessidade de inscrição prévia
Certificado de participação aos interessados

Mais informações: (11) 3091-2441 – lei@usp.br



PROGRAMAÇÃO

Quinta-feira, 06/11:
  • 10h00 às 12h00 - Mesa Redonda "Aspectos históricos da intolerância com os animais"
    Zilda Marcia Grícoli Iokoi (professora livre docente história/USP e diretora LEI)
    Rodrigo Medina Zagni (graduado em historia e doutorando no PROLAM/USP)
    Juliana Prado da Silva (graduanda em história/USP)
  • Intervalo para almoço.
  • 14h00 às 15h45 - Mesa Redonda "Pode o direito eliminar a intolerância?"
    Paulo Santos de Almeida (graduado em direito e professor doutor EACH/USP)
    Vânia Rall Daró (graduada em direito/USP, tradutora pública e intérprete comercial)
    Artur Matuck (graduado em comunicação e professor livre docente ECA/USP)
  • 15h45 às 16h00 - coffee break
  • 16h00 às 18h00 - Mesa Redonda "Somos todos primatas"
    César Ades (graduado em psicologia, professor titular IP/USP)
    Heron José de Santana Gordilho (promotor de justiça/BA e professor adjunto UFBA)


Sexta-feira, 07/11:
  • 10h00 às 12h00 - Mesa Redonda "Uma visão da cultura sobre os animais"
    Renato da Silva Queiroz (graduado em ciências sociais, professor livre docente antropologia/USP)
    Valéria Barbosa de Magalhães (graduada em ciências sociais e professora doutora EACH/USP)
    Laerte Fernando Levai (promotor de justiça/Ministério Público do Estado deSão Paulo)
  • Intervalo para almoço
  • 14h00 às 15h45 - Mesa Redonda "Ética na ciência"
    Sara Albieri (graduada em filosofia e professora doutora história/USP)
    Luiz César Marques Filho (graduado em história e professor doutor do IFCH/UNICAMP)
    Nádia Farage (graduada em ciências sociais e professora doutora do IFCH/UNICAMP)
  • 15h45 às 16h00 - coffee break
  • 16h00 às 18h00 - Mesa Redonda "Considerações filosóficas sobre o uso de animais"
    João Epifânio Regis Lima (doutor em filosofia/USP. Professor titular Universidade Metodista de São Paulo)
    Irvênia Luiza de Santis Prada (veterinária e professora titular da FMVZ/USP)